Média de pênaltis
por rodada na Série A do Brasileiro sobe de 1,85 para 3,67 após nova orientação
transmitida pela CBF aos árbitros e assistentes
A nova orientação
transmitida pela CBF aos árbitros e auxiliares para ajudá-los nos lances
duvidosos em que a bola bate na mão ou no braço do jogador vem gerando polêmica
desde que foi colocada em prática.
A diretriz acerca
da "mão na bola" foi publicada no site da CBF, e a Comissão Nacional
de Arbitragem disponibiliza instrutores para esclarecer as dúvidas dos clubes
sobre esse assunto e outras questões. A recomendação "une a mão
intencional com o toque teoricamente não proposital e intensifica as marcações
de infrações, mas levando em consideração fatores como a distância entre o
atleta que tocou na bola e aquele que chutou". Desta forma, extingue-se a
interpretação dos árbitros baseada apenas na intenção do jogador em tocar ou
não a bola com a mão. A análise passa também a envolver o movimento do atleta.
Se o jogador se beneficia da utilização do braço para interceptar ataques
adversários, a recomendação é de que a infração seja marcada. A exceção fica
por conta dos lances em que o braço está colado ao corpo ou quando o atleta, em
movimento natural, não consegue impedir o toque por conta da velocidade ou
proximidade da jogada.
Segundo o instrutor
e diretor adjunto do pilar técnico da Escola Nacional de Arbitragem da CBF,
Manoel Serapião, a Fifa já vinha trabalhando este tema há muito tempo, e mais
cedo ou mais tarde isso aconteceria. Na sua opinião, a definição do
"movimento antinatural" está um pouco ultrapassada, pois o jogador
pode fazer um movimento natural e ainda assim cometer a infração.
- É preciso deixar
bem claro que ainda existe a bola na mão que não é faltosa. O critério de
interpretação saiu do campo meramente objetivo, quando o árbitro apenas
analisava a intenção do jogador ao tocar a bola com a mão para a discussão se o
atleta expande a massa física do seu corpo com os braços para impedir a
passagem da bola, adquirindo uma vantagem sobre o adversário. No entanto, é
possível o jogador estar com o braço aberto e não cometer a infração se num
lance muito rápido a bola vier de um ponto bem próximo ao seu, de modo que seja
quase impossível para ele evitar o contato da bola com a sua mão ou braço.
Para os defensores
desta nova diretriz, a vantagem é poder adotar o mesmo critério para a bola que
bate no braço do atacante ou do defensor. Antes, quando a bola batia no braço
do atacante, o árbitro normalmente já marcava falta quase que automaticamente.
Já quando a bola batia no braço do zagueiro o juiz costumava analisar o aspecto
da intenção. Segundo Serapião, como não existe a lei "bateu na mão é
falta", o árbitro sempre terá que fazer uso da sua interpretação, o que
poderá gerar polêmica, dependendo da sua decisão e da dificuldade do lance. Daí
a importância de o juiz ter sensibilidade para conhecer a essência do futebol e
assim perceber se o atleta joga deliberadamente a bola no braço do adversário
para receber o beneficio da infração.
- Uma coisa é a diretriz que é passada. Outra, completamente diferente, é o
árbitro estar em campo tendo que analisar vários outros aspectos e ter que
tomar uma decisão numa pequena fração de segundos - disse Serapião.
- Uma coisa é a diretriz que é passada. Outra, completamente diferente, é o árbitro estar em campo tendo que analisar vários outros aspectos e ter que tomar uma decisão numa pequena fração de segundos - disse Serapião.
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mais recente orientação da FIFA sobre MÃO NA BOLA.
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